O Ministério da Previdência Social atualizou os números de profissionais afastados que receberam benefícios por incapacidade temporária devido a diferentes problemas de saúde. Em 2024, doenças que causam dores na coluna lideraram o levantamento, sendo responsáveis por mais de 200 mil casos.
O benefício do governo federal é concedido após perícia médica, em situações em que o profissional permanece afastado por mais de 15 dias. No total, foram contabilizados 3,5 milhões de afastamentos, um aumento de 39% em relação ao ano anterior.
De acordo com uma análise do Google Trends, o estado de São Paulo registrou um aumento nas buscas por termos relacionados a dores na coluna nas últimas semanas. No topo do ranking está o município de Franco da Rocha, onde o número de pesquisas dobrou no período analisado. Além disso, as regiões de Mogi Guaçu e Hortolândia também aparecem em destaque.
Problemas na coluna impactam a rotina de profissionais
O aumento dos afastamentos no trabalho gera um alerta no mercado. De 2023 para 2024, houve uma alta de cerca de 1 milhão de casos. As dores de coluna, por exemplo, somaram 121 mil ocorrências no ano anterior.
Nos dados mais recentes, o segundo problema mais relatado envolve as hérnias de disco, responsáveis por mais de 170 mil afastamentos. Em seguida, aparecem as fraturas na perna, com quase 150 mil casos.
As doenças da coluna podem variar de leves a graves, mas representam uma preocupação constante. Algumas delas podem até levar à aposentadoria por invalidez, como:
- Hérnia de disco: apesar de ser citada separadamente no ranking, também está relacionada à coluna. Ocorre quando o disco intervertebral se desloca, pressionando nervos e causando dor, formigamento ou fraqueza nos membros.
- Espondilite anquilosante: doença inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna e articulações sacroilíacas, podendo levar à rigidez e fusão vertebral.
- Escoliose severa: curvatura lateral exagerada da coluna que pode gerar dor, dificuldade respiratória e impacto na postura e mobilidade.
- Osteoartrite: degeneração da cartilagem das vértebras e articulações da coluna, provocando dor, rigidez e limitação de movimentos.
- Fraturas vertebrais complexas: quebras múltiplas ou instáveis nas vértebras, geralmente por trauma ou osteoporose, podendo comprometer nervos e a estrutura da coluna.
Quando há necessidade de afastamento temporário, a empresa é responsável pelos primeiros 15 dias. Após esse período, o INSS assume o suporte ao profissional, avaliando se ele atende aos requisitos para o benefício.

Exoesqueletos ajudam a proteger a coluna no trabalho
Nesse contexto, os exoesqueletos têm se mostrado cada vez mais relevantes na prevenção de problemas de coluna causados por esforço físico. Eles auxiliam na distribuição do peso corporal e reduzem a pressão sobre vértebras e músculos.
Aliás, o mercado global de exoesqueletos cresce rapidamente. Avaliado em quase US$ 500 milhões em 2024, a expectativa é de que alcance US$ 1,25 bilhão até 2030. Além do suporte à coluna, a tecnologia oferece outros benefícios práticos:
- Redução de fadiga: diminui o esforço físico durante levantamentos ou atividades repetitivas.
- Prevenção de lesões: alivia a pressão na coluna, reduzindo o risco de hérnias e dores lombares.
- Aumento da produtividade: permite realizar tarefas com mais segurança e eficiência.
- Melhoria da postura: incentiva posições corretas, evitando sobrecarga muscular e desgaste articular.
Dessa forma, os exoesqueletos representam uma solução promissora para melhorar a saúde ocupacional, reduzir afastamentos por problemas de coluna e criar ambientes de trabalho mais seguros.