O setor de logística no Brasil emprega mais de 12 milhões de pessoas, segundo o Instituto de Logística Supply Chain (ILOS). A demanda por profissionais, como analista de logística, gerente de Supply Chain, motorista, entre outros, cresce a cada ano.
A expectativa é que, até 2027, o setor disponibilize 4 milhões de vagas, conforme o Mapa do Trabalho Industrial, estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Diante deste cenário, a Intermodal South America, maior evento de logística, intralogística, transporte de cargas e comércio exterior da América Latina, exerce seu papel social ao firmar parcerias com entidades que se empenham para formar mulheres, jovens em situação de vulnerabilidade e pessoas com deficiência (PCDs) e prepará-los para ocupar essas vagas.
Conheça a Rota Feminina, o Caminhoneiros Surdos Brasil e o CAMPS Santos, projetos parceiros da Intermodal que fazem um trabalho social importante, contribuindo para a construção de uma comunidade mais inclusiva e solidária.
Rota Feminina
O movimento Rota Feminina nasceu da ideia de incluir e capacitar mulheres, para crescerem no segmento de logística, que é majoritariamente masculino. Fernanda Sarreta, cofundadora do projeto, conta que trabalha há mais de 20 anos na área e enxerga muitas oportunidades para elas.
“O nosso objetivo é que essas mulheres se destaquem pela capacidade, então trabalhamos muito em cima de treinamentos, capacitações, fóruns, eventos, lives e mentorias. E como não queremos fazer o ‘clube da Luluzinha’, nosso programa é aberto para homens também, exceto as mentorias”, conta.


O Rota Feminina também promove encontros entre jovens em busca de uma ocupação e profissionais de diversas áreas do setor, como tecnologia, manutenção, segurança e administração, para mostrar quantas possibilidades tem dentro do segmento. “Temos esses dois pilares, que é capacitar as pessoas que já estão dentro do segmento e incentivar quem ainda não está”, diz Sarreta.
Para viabilizar os eventos, o Rota Feminina já contou com a parceria de mais de 50 empresas e atingiu mais de 3 mil pessoas.
Em seus 23 anos de experiência, Fernanda afirma que sente falta da presença de mais mulheres e de uma visão diferente, completar à dos homens. “Eu nunca tive grandes dificuldades, sempre fui respeitada e é um ambiente em que eu me sinto muito bem. Tem muita oportunidade para as mulheres e acho que só tende a crescer com a aumento da diversidade”, conclui.
Para saber mais e fazer parte deste projeto, acesse o site oficial www.rotafemininamove.com.br.
Caminhoneiros Surdos Brasil
O Caminhoneiros Surdos Brasil, grupo liderado por Raquel Moreno, uma surda oralizada implantada bilíngue, surgiu em uma comunidade no Facebook que trazia informações de como deficientes auditivos poderiam adquirir a carteira de habilitação nas categorias profissionais C, D e E.
O projeto visa a acessibilidade e inclusão de surdos na área de transporte. “Hoje já existe muitos motoristas surdos trabalhando e muitos que ainda não conseguiram trabalho por falta de conhecimento por parte das empresas”, conta a líder da entidade. Entre as atuações do CSB, está parcerias com transportadoras de caminhões para incluir motoristas surdos, como a Rodopiro, empresa de grande porte com sede em Sorocaba/SP que atua no Mercosul.
Raquel explica que, pela legislação, o surdo pode dirigir as categorias C, D e E, que são as profissionais, desde que tenha 40% da audição e um aparelho auditivo. “Nós estamos lutando no senado (PL 2634/2021) para que qualquer surdo possa dirigir seu caminhão, porque nós acreditamos na capacidade da pessoa. A surdez é só uma característica nossa, então nós acreditamos na nossa potência.”
Ela conta que o movimento também é autor de um Projeto de Lei (PL 23) que tramita em São Paulo, visando incluir a Língua Brasileira de Sinais (Libras) na grade curricular dos cursos de formação de policiais militares. “Já foi aprovado em todas as comissões e está aguardando o governador assinar e colocar em prática.”
Com a comunicação entre os caminhoneiros surdos e os agentes que realizam a fiscalização nas estradas facilitada, quebra-se mais uma barreira em relação à contratação desses profissionais.

Jefferson Lopes de Oliveira, motorista surdo, apesar de possuir carteira D há oito anos e há um ano ter conquistado a carteira E, para dirigir carretas, ainda não conseguiu trabalho. “Além da dificuldade de comunicação, não sou aceito por não ter experiência comprovada.”
Ele conta que dirige carretas dos amigos, mas aguarda ansioso por uma oportunidade de poder desempenhar a sua profissão. “Eu percebo que as pessoas acham muito interessante um motorista surdo, mas é difícil conseguir uma oportunidade para começar.”
Willian André de Santana é outro motorista surdo a espera de uma oportunidade para começar a dirigir carretas profissionalmente. Ele é profissional sepultador há 28 anos e já operou retroescavadeira. “Eu já consegui minha carteira, tenho autorização para dirigir, tenho experiência com retroescavadeira que é muito difícil de operar, mas não acreditam na minha capacidade como motorista de carreta. Isso é muito injusto”, lamenta.
Raquel diz que o trabalho do Caminhoneiros Surdos Brasil é quebrar esses preconceitos e colocar estes profissionais no mercado. “Já temos motoristas surdos que alcançaram o sucesso e vamos seguir lutando. Por isso parcerias como esta, com a Intermodal, são tão importantes.”
Conheça mais sobre o projeto no site oficial, no Instagram @caminhoneirosurdosbrasil ou entre em contato pelo (19) 99915-0190.
CAMPS Santos
Fundado em 1967, o Centro de Apoio à Motivação e Preparo Social (CAMPS) Santos tem sido um farol de esperança e transformação para jovens em situação de vulnerabilidade.
Segundo Rosângela Barreiro, coordenadora de comunicação da entidade, o propósito do CAMPS é “resgatar jovens naquela idade mais crítica”.
Ela comenta que, com a introdução da Lei da Aprendizagem, em 2000, o CAMPS ajustou o seu foco para jovens de 14 a 24 anos.
Barreiro explica que, atualmente, a instituição “atende 700 jovens com 15 anos”, operando com um modelo de seleção rigoroso por meio do Projeto Avançar, um curso modular destinado a prepará-los para o mercado de trabalho.
A coordenadora de comunicação destaca a importância da formatura para esses jovens, descrevendo-a como “uma formatura mesmo, de faculdade, com todo glamour”, muitas vezes a única oportunidade de celebração formal que terão.
Além disso, o CAMPS estende a sua mão para pessoas com deficiência (PCDs), oferecendo cursos específicos para prepará-las para o mercado de trabalho.
Barreiro salienta que a instituição “prepara as pessoas com deficiência para o mercado, porque o mercado precisa delas”, refletindo a dedicação do CAMPS em contribuir para uma sociedade mais inclusiva.
De acordo com a coordenadora, essas parcerias facilitam a inserção dos jovens em diversas áreas: “a maior parte é em rotinas administrativas, mas nós temos jovens em vários segmentos, como comércio e varejo, logística, logística portuária e TI”, diz.
Barreto também menciona as parcerias essenciais com empresas, particularmente aquelas localizadas no Porto de Santos.
A sua empresa pode fazer parte desse projeto incrível. Saiba mais sobre o CAMPS Santos no site oficial ou entre em contato: [email protected] | (13) 3226-6464
Sustentabilidade na Intermodal
A Intermodal acredita na força das parcerias sociais! Juntos, podemos fazer um mundo melhor para todos e a sua empresa pode ser parte disso.
Gostaria de trabalhar conosco na sustentabilidade do nosso evento? Você gostaria de compartilhar sua própria história e esforços? Teve uma ideia? Entre em contato com a equipe do evento e a de sustentabilidade da Informa para mais informações: [email protected]