A escolha dos materiais adequados para o sistema ferroviário é fundamental para garantir segurança, durabilidade e eficiência operacionais.
Nos últimos anos, inclusive, os materiais poliméricos têm se destacado como uma alternativa promissora, especialmente em componentes de fixação como palmilhas, almofadas isolantes e isoladores.
Esses materiais oferecem uma série de vantagens em comparação aos tradicionais metálicos, como alta resistência à corrosão, excelente capacidade de absorção de impactos e vibrações, além de maior leveza e durabilidade.
O que poucas pessoas sabem, entretanto, é que a implementação de polímeros nos sistemas ferroviários pode resultar em uma significativa redução dos custos operacionais e de manutenção, ao mesmo tempo em que contribui para o aumento da vida útil dos trilhos e sistemas de fixação.
No entanto, ainda existem desafios técnicos e logísticos, como a compatibilidade com outros materiais e a necessidade de um treinamento especializado para a instalação e manutenção.
Então, que tal conversar sobre o assunto? Convidamos Vanusca Dalosto Jahno, química industrial e docente de pós-graduação da Universidade Feevale, para falar sobre o tema. Boa leitura!
Materiais poliméricos: escolha relevante para sistemas de fixação em ferrovias
Na opinião de Vanusca Jahno, a escolha dos componentes poliméricos para fixação em ferrovias (palmilhas e almofadas isolantes, isoladores frontais e laterais) é super relevante.
“Os materiais poliméricos possuem alta resistência à corrosão e uma excelente capacidade de absorver impactos e vibrações, sendo essencial para suportar as condições adversas e a constante pressão dos trilhos”, explica.
Melhorias técnicas esperadas com o uso de polímeros em fixações ferroviárias
O uso dos polímeros, segundo Jahno, tem a capacidade de absorver as vibrações e impactos e assim reduzir o desgaste dos trilhos.
“Os polímeros também podem aumentar a vida útil dos sistemas de fixação, reduzindo a necessidade de manutenção e substituição frequente”, ressalta a convidada.
Contribuição para a redução de custos operacionais e de manutenção nas ferrovias
A professora destaca que os materiais poliméricos podem ser mais econômicos e a durabilidade reduzir a necessidade de substituições frequentes, resultando em economia a longo prazo.
“Além disso, comparados aos materiais metálicos, os polímeros são muito mais leves, o que facilita a instalação e manutenção dos sistemas de fixação”, observa.
Desafios técnicos e logísticos para a implementação nas ferrovias
A instalação e a manutenção dos materiais poliméricos é, na opinião de Vanusca Dalosto Jahno, um dos grandes desafios na parte logística.
“A instalação pode exigir treinamento especializado e equipamentos específicos, além de um plano de manutenção adequado para garantir a durabilidade dos componentes”, detalha.
Já no aspecto técnico tem-se outros desafios, também bastante importantes.
“Os polímeros precisam ser compatíveis com outros materiais usados nas ferrovias, como o aço e o concreto, para evitar problemas de aderência e desgaste”, lembra.
“Assim como os materiais poliméricos devem manter suas propriedades mecânicas e de resistência ao longo do tempo, especialmente sob condições extremas de temperatura e tensões, o que exige que os polímeros tenham alta resistência ao desgaste e à fadiga”, complementa.
Avanços para o futuro do setor ferroviário
Sobre o futuro, a professora de pós-graduação é direta: “O desenvolvimento de materiais poliméricos mais resistentes ao intemperismo e aos desgastes que a ferrovia impõe ao material”, finaliza.
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