Nas cidades inteligentes, ou smart cities, onde tecnologia e planejamento urbano caminham juntos, a logística enfrenta novos desafios, mas também grandes oportunidades.

Com o crescimento acelerado do e-commerce, a demanda por entregas rápidas e eficientes colocou os espaços de armazenagem urbana no centro da discussão sobre mobilidade, sustentabilidade e eficiência logística.

Esses hubs de armazenamento, estrategicamente posicionados próximos aos centros de consumo, reduzem distâncias, otimizam rotas e ajudam a descongestionar o tráfego urbano, além de promoverem maior agilidade no abastecimento de pequenos negócios e consumidores finais.

Mas, qual é o verdadeiro impacto desses espaços na dinâmica das cidades inteligentes?

Para entender melhor essa tendência, convidamos Thiago Cordeiro, sócio-fundador e CEO da GoodStorage, para compartilhar sua visão sobre o papel estratégico da armazenagem urbana na logística das smart cities. Veja mais do que ele diz abaixo!

Diferenças entre espaços de armazenagem urbana e centros logísticos tradicionais

De acordo com Thiago Cordeiro, a principal diferença entre os espaços de armazenagem e os centros logísticos tradicionais está na localização de cada um deles. 

“Os espaços de armazenagem urbana, como os oferecidos pela GoodStorage, estão localizados dentro do perímetro urbano de São Paulo (em bairros estratégicos), enquanto os centros logísticos tradicionais costumam estar em regiões mais afastadas dos grandes centros”, conta Cordeiro.

A localização central e estratégica, segundo ele, permite reduzir distâncias, prazos e custos logísticos, otimizando a chamada “última milha”.

“Fazer isso colabora na agilidade e imediatismo das entregas, reduzindo o tempo de deslocamento”, afirma.

“Além disso, são estruturas mais flexíveis, voltadas tanto para pequenos quanto grandes negócios, oferecendo soluções escaláveis, seguras e tecnologicamente equipadas para facilitar o controle e a distribuição de mercadorias”, completa.

Ele explica, ainda, que os galpões urbanos integram características de condomínios logísticos – com infraestrutura moderna, serviços de zeladoria e controle patrimonial – ao contexto urbano, permitindo que as empresas operem com previsibilidade, segurança e agilidade.

“Essa combinação torna esses espaços ideais para operações que exigem frequência de giro, como instalação, manutenção e abastecimento contínuo”, observa.

Relação entre armazenagem urbana e o conceito de smart cities

Na opinião do CEO da GoodStorage, a armazenagem urbana contribui diretamente para o desenvolvimento de cidades inteligentes ao promover soluções sustentáveis de mobilidade e logística.

“Por estar dentro dos centros urbanos, colaboram, inclusive, na redução de congestionamentos e emissões de poluentes”, ressalta.

Ele também aponta que o uso da tecnologia para monitoramento, gestão digital de estoques e otimização de rotas fortalece a infraestrutura urbana, tornando-a mais resiliente, eficiente e preparada para o futuro. 

Cordeiro lembra que os galpões urbanos também atuam como hubs estratégicos dentro da cidade, conectando diferentes pontos da cadeia logística com mais fluidez. 

“Os galpões urbanos evitam deslocamentos longos e contribuem para uma logística menos centralizada, um dos pilares para melhor distribuição do trânsito, virtude fundamental para uma cidade inteligente”, diz.

Setores que mais se beneficiam desse modelo de armazenagem

E-commerces, indústrias com operações em centros urbanos e empreendedores de

serviços rápidos estão entre os serviços que mais se beneficiam deste tipo de armazenagem. 

“O modelo possibilita o armazenamento de produtos e/ou itens de forma segura e organizada, sem a necessidade de altos investimentos em galpões próprios”, percebe o especialista.

Inclusive, o modelo permite espalhar pontos de estoque e distribuição por toda a cidade, como forma de estar ainda mais perto do consumidor final.

“Tornou-se um parceiro fundamental na possibilidade de armazenar produtos em locais estratégicos, agilizando a logística de entrega, tornando as operações mais eficientes, com redução de prazos, o que se traduz em clientes mais satisfeitos, inclusive pela redução de custo e prazo no frete”, avalia.

E não é apenas a satisfação do cliente que chama a atenção. A solução, na opinião do convidado, colabora com a praticidade e o imediatismo, permitindo o pleno funcionamento de serviços que fazem todo o fluxo diário da população acontecer.

“Temos locatários que são de setores que operam com ativos físicos distribuídos pela cidade – como empresas de mídia, telecomunicações e serviços urbanos – que encontraram nos galpões urbanos uma solução estratégica para abastecimento ágil”, exemplifica.

Em casos de empresas que cuidam de estoque perecível, Cordeiro afirma que a proximidade do cliente é fundamental, sendo o galpão urbano importante para o funcionamento apropriado das vendas.

“Todos esses fatores contribuem para uma cidade mais inteligente, com mais mobilidade de pessoas e mercadorias e, consequentemente, mais sustentabilidade e inclusão”, analisa.

O cenário de evolução da armazenagem urbana nos próximos anos

Thiago Cordeiro conta que a GoodStorage é pioneira em oferecer soluções de armazenagem urbana voltadas para empresas e indústrias.

“Podemos afirmar que o setor ainda está em fase de expansão, com grande potencial de crescimento no Brasil, especialmente nas grandes cidades, principalmente por conta da urbanização crescente, da expansão do e-commerce e da busca por soluções logísticas mais eficientes”, opina.

A solução, conforme o especialista, ajuda as empresas a otimizarem as rotas, auxiliando no deslocamento da carga, possibilitando, assim, a entrega de produtos no mesmo dia. 

Para os próximos anos, Cordeiro tem grandes expectativas:

“Acreditamos que o suporte à logística de última milha (last mile), um dos maiores desafios do setor, estará melhor e mais avançado, atendendo com ainda mais eficiência a forte demanda dos consumidores”, finaliza.

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