A transformação rumo a um transporte sustentável de mercadorias já é uma realidade urgente. A descarbonização na logística vem ganhando destaque como um passo estratégico para reduzir a emissão de gases poluentes, impulsionando a logística de baixo carbono e reforçando práticas de ESG no setor logístico.

Neste conteúdo, vamos explorar como funciona o processo de descarbonização, os desafios para implementar soluções verdes no transporte de carga e o papel de iniciativas como frotas elétricas e híbridas, uso de biocombustíveis na logística e gestão de emissões. 

Continue a leitura e veja como o planejamento logístico sustentável pode redefinir o futuro da mobilidade no setor!

O que é descarbonização na logística?

A descarbonização na logística é a estratégia de reduzir as emissões de carbono geradas nas operações de transporte, armazenamento e distribuição de mercadorias. Para isso, aposta-se em práticas como o uso de biocombustíveis na logística, a adoção de frotas elétricas e híbridas e soluções que favorecem o transporte sustentável de mercadorias.

O principal objetivo é promover a redução de CO₂ no transporte de cargas, diminuindo a pegada ambiental e impulsionando a logística de baixo carbono. Essa transformação é peça-chave dentro das estratégias de ESG no setor logístico, respondendo à pressão crescente por inovação sustentável no setor de transportes.

A gestão de emissões no setor logístico, o planejamento de frotas sustentáveis e o fortalecimento de práticas como a logística reversa com foco ambiental são ações que ajudam as empresas a avançarem em soluções verdes para transporte de carga e se alinharem às exigências do mercado e da sociedade.

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Como funciona o processo de descarbonização?

O processo de descarbonização na logística envolve etapas estruturadas para reduzir a emissão de gases poluentes de forma consistente e mensurável. As principais fases incluem:

  • Levantamento e gestão de emissões: a criação de um inventário de carbono é o primeiro passo para mapear a quantidade de CO₂ gerada pelas operações logísticas. Esse diagnóstico inicial permite a gestão de emissões no setor logístico com mais precisão.
  • Identificação de fontes de emissão de CO₂: após o inventário, é fundamental analisar toda a cadeia logística para localizar as principais fontes de emissão. Transportes movidos a diesel, rotas pouco otimizadas e práticas de armazenagem intensiva são alguns exemplos que impulsionam a busca por alternativas como frotas elétricas e híbridas ou uso de biocombustíveis na logística.
  • Definição de metas e indicadores de redução: para alcançar uma logística de baixo carbono, as empresas precisam estabelecer objetivos claros e mensuráveis. Um bom planejamento logístico sustentável considera não só a redução de CO₂ no transporte de cargas, mas também metas alinhadas às práticas de ESG no setor logístico.

Esse processo cria uma base sólida para avançar em soluções verdes para transporte de carga e fortalecer a inovação sustentável no setor de transportes.

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Estratégias de descarbonização

A descarbonização na logística depende da adoção de múltiplas estratégias que transformem o transporte de cargas em uma operação mais limpa e eficiente. Entre as principais práticas adotadas hoje estão:

Substituição de modais de transporte mais poluentes

A troca de frotas tradicionais por frotas elétricas e híbridas reduz de forma significativa a emissão de CO₂ no transporte de cargas. 

Empresas como a FedEx Express vêm liderando esse movimento, renovando sua frota com veículos movidos a biodiesel e elétricos, além de investir em energia solar e em projetos de captura de carbono em parceria com a Universidade de Yale.

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Uso de biocombustíveis na logística

O biocombustível é uma alternativa que avança no transporte sustentável de mercadorias. A DB Schenker, por exemplo, adquiriu 300 mil toneladas de biocombustível para abastecer frotas nos modais aéreo e marítimo, reforçando o compromisso com soluções verdes para transporte de carga.

Planejamento logístico sustentável com rotas otimizadas

Essencial para minimizar distâncias percorridas, reduzir o consumo de combustíveis e aprimorar a gestão de emissões no setor logístico. O uso de tecnologias para roteirização inteligente também favorece a inovação sustentável no setor de transportes.

Empresas como a Bravo Logística também apostam em fontes alternativas, como o biometano e o HVO (diesel verde), para abastecer suas frotas e fortalecer o planejamento de frotas sustentáveis. 

A adoção dessas práticas mostra que o futuro da logística de baixo carbono já está em construção, exigindo inovação contínua e responsabilidade coletiva.

Vantagens da descarbonização no setor logístico

A descarbonização na logística não representa apenas um compromisso ambiental, mas também uma série de benefícios estratégicos para as empresas. Ao implementar práticas sustentáveis no transporte de cargas, é possível obter vantagens em diferentes frentes:

Redução da pegada de carbono empresarial

Com a adoção de frotas elétricas e híbridas, uso de biocombustíveis e planejamento logístico sustentável, as empresas diminuem significativamente suas emissões diretas e indiretas de CO₂, alinhando suas operações a metas ambientais globais.

Cumprimento de diretrizes ESG e melhoria da reputação corporativa

A logística de baixo carbono fortalece a imagem da empresa diante de investidores, clientes e parceiros. Estratégias bem estruturadas de gestão de emissões no setor logístico refletem responsabilidade social, ambiental e de governança.

Eficiência energética e redução de custos operacionais a longo prazo

Tecnologias mais limpas e rotas otimizadas melhoram o desempenho energético da operação, impactando positivamente o consumo e os gastos. A eficiência energética na logística tem se mostrado um fator determinante para ganhos econômicos sustentáveis.

Acesso a incentivos fiscais e linhas de financiamento

O Programa de Mobilidade Verde prevê incentivos fiscais que somam R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028 — valores que serão convertidos em créditos financeiros para empresas que investirem em descarbonização.

Complementar a isso, o Banco Mundial e o Banco do Brasil estão estruturando uma linha de crédito de US$ 400 milhões, voltada a companhias com faturamento de até R$ 1,3 bilhão e metas validadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi). 

Empresas de maior porte terão acesso a um fundo de dívida voltado à emissão de debêntures sustentáveis, fortalecendo o avanço das finanças verdes no país.

Desafios da descarbonização na logística

Embora a descarbonização na logística esteja em avanço, sua implementação em larga escala ainda enfrenta entraves relevantes. O primeiro deles é o alto custo inicial relacionado à adoção de novas tecnologias e à renovação de frotas

Outro obstáculo é a falta de infraestrutura de abastecimento sustentável, como a baixa disponibilidade de postos de recarga elétrica em rotas logísticas mais longas. 

Veículos elétricos, híbridos ou movidos a biocombustíveis ainda têm valores significativamente superiores aos modelos convencionais, o que torna a viabilidade econômica da transição dependente de incentivos fiscais, subsídios e políticas públicas que promovam soluções verdes para transporte de carga.

Especialistas apontam que, mesmo com o crescimento do uso de biocombustíveis na logística e o interesse por frotas elétricas e híbridas, a ausência de estrutura adequada limita o ritmo de adoção dessas alternativas, especialmente no transporte rodoviário de cargas, responsável por 91,4% das emissões de CO₂ do setor de transportes no Brasil.

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A idade média da frota nacional, superior a 21 anos, também afeta diretamente os planos de planejamento de frotas sustentáveis. 

Com baixa taxa de renovação e muitos caminhões ainda em circulação sem eficiência energética adequada, as emissões seguem elevadas — inclusive em trajetos realizados com veículos vazios, o que agrava o impacto ambiental sem gerar valor à operação.

Como superar essas barreiras?

Especialistas defendem ações conjuntas entre setor público e privado. Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, estímulo à eletrificação da frota (com expectativa de que veículos elétricos representem 32% do total até 2035), expansão da infraestrutura e incentivo ao uso de alternativas como o diesel verde, que pode ser aplicado em motores atuais sem necessidade de modificações. 

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