A gestão sustentável de frotas depende do uso de veículos sustentáveis, eficiência energética e monitoramento ambiental na logística, integrando biocombustíveis e rotas otimizadas, para fortalecer a redução de emissões em frotas corporativas. Saiba mais!

Gerenciar a pegada de carbono na gestão de frotas é mais do que cumprir metas: é potencializar a eficiência energética em transporte corporativo e adotar tecnologias limpas para transporte. Ao compreender as emissões de CO₂ no transporte e monitorar ambientalmente a logística, sua empresa pode reduzir custos e consolidar uma frota verde. 

Vamos aprofundar essas estratégias para uma logística sustentável e negócio mais responsável.

O que é a pegada de carbono

Considerada um importante indicador ambiental, a pegada de carbono quantifica a emissão total de gases de efeito estufa liberados na atmosfera por atividades diretas ou indiretas. Na gestão de frotas, essa métrica expressa o volume de CO₂ equivalente (CO₂e) gerado por veículos no transporte de mercadorias, deslocamentos operacionais e abastecimento.

Ao considerar emissões geradas pela queima de combustíveis, manutenção da frota, logística de distribuição e até energia utilizada em pontos de apoio, esse conceito se torna indispensável para empresas que desejam adotar uma gestão sustentável de frotas. 

Principais fatores que influenciam a pegada de carbono na gestão de frotas

Reduzir a pegada de carbono na gestão de frotas exige atenção a variáveis que influenciam diretamente as emissões de CO₂ no transporte. Três delas se destacam: o tipo de combustível, as características dos veículos e o planejamento das rotas.

Tipo de combustível utilizado

O uso de combustíveis fósseis, como diesel e gasolina, representa uma das maiores fontes de emissão no setor logístico. Por outro lado, o uso de biocombustíveis em frotas — como etanol, biodiesel e HVO — tem ganhado espaço por oferecer menor impacto ambiental. Além disso, a eletrificação parcial ou total da frota pode ampliar ainda mais os ganhos ambientais e operacionais.

Idade e eficiência dos veículos

Veículos antigos, com baixa eficiência energética e maior peso, tendem a emitir mais por quilômetro rodado. Renovar a frota e priorizar veículos sustentáveis para empresas com foco em eficiência energética permite uma gestão mais equilibrada dos indicadores ambientais na frota.

Planejamento logístico (rotas e cargas)

Rotas otimizadas e carregamentos bem distribuídos são decisivos para a redução de emissões. O planejamento logístico com baixa emissão deve considerar tempo de trajeto, quantidade de paradas, topografia e capacidade de carga. A descarbonização na logística começa justamente pelo uso de dados para identificar gargalos e criar estratégias mais eficientes, como o replanejamento de rotas com menor impacto ambiental e o uso combinado de modais para trajetos mais longos.

Como calcular a pegada de carbono da frota

Para avançar rumo à descarbonização no setor de transporte, é preciso começar com um diagnóstico claro: calcular a pegada de carbono da frota. Essa medição permite quantificar o impacto das atividades operacionais e identificar pontos críticos para reduzir emissões em frotas corporativas.

O método mais adotado é baseado no GHG Protocol, que organiza as emissões em três escopos e orienta o cálculo de forma padronizada. A fórmula utilizada considera três elementos:

Emissão = Dado × Fator de Emissão × GWP

  • Dado: corresponde ao valor numérico da atividade realizada, como litros de combustível consumidos ou quilômetros rodados;
  • Fator de Emissão: representa quanto um determinado insumo emite de gases de efeito estufa. Por exemplo, a quantidade de CO₂ equivalente emitida por litro de diesel queimado;
  • GWP (Global Warming Potential): é o potencial de aquecimento global do gás emitido. Cada gás tem um valor diferente (ex: o metano impacta mais que o CO₂).

Com esses três parâmetros, é possível calcular a emissão de CO₂ equivalente (CO₂e) de maneira mais precisa. Ferramentas como a calculadora da Climatetrade facilitam esse processo, automatizando os cálculos a partir de dados operacionais da frota.

O monitoramento da pegada pode abranger não só o transporte direto, mas também as emissões indiretas relacionadas à energia consumida e à cadeia logística como um todo — um passo importante para quem busca uma gestão sustentável de frotas baseada em indicadores reais.

Boas práticas para reduzir a pegada de carbono na frota

Reduzir a pegada de carbono na gestão de frotas não depende de uma única ação, mas de um conjunto de boas práticas que se complementam. A combinação entre renovação da frota, uso de fontes alternativas de energia e inteligência logística permite transformar o transporte em um vetor de sustentabilidade — sem perder produtividade.

Redução de emissões em frotas corporativas com:

Adoção de veículos sustentáveis para empresas (elétricos, híbridos)

A substituição gradual de veículos movidos a combustíveis fósseis por opções elétricas ou híbridas reduz significativamente as emissões diretas da frota. Além disso, essas tecnologias costumam ter melhor desempenho em ambientes urbanos e exigem menos manutenção, favorecendo também a eficiência energética no transporte corporativo.

Uso de biocombustíveis em frotas

Incorporar combustíveis renováveis — como biodiesel, etanol de segunda geração e HVO — é uma forma rápida e prática de reduzir as emissões de CO₂ no transporte sem mudanças estruturais na frota. Essa medida também pode ser combinada com ações de compensação de carbono, ampliando o alcance da estratégia ambiental.

Integração com soluções ecológicas para logística

Softwares de roteirização, monitoramento ambiental na logística e controle de desempenho por veículo ajudam a reduzir rotas desnecessárias, eliminar ociosidade e otimizar a ocupação dos veículos. Essa gestão baseada em dados é uma aliada direta na transição para uma frota verde.

Implantação de tecnologias limpas para transporte

Tecnologias como freios regenerativos, pneus de baixa resistência ao rolamento, sistemas de telemetria e motores mais eficientes diminuem o consumo de combustível e contribuem para o transporte com baixa emissão de carbono. Esses avanços tecnológicos, quando bem implementados, reduzem custos operacionais e a pressão ambiental simultaneamente.