No mundo acelerado do comércio eletrônico e das expectativas crescentes por entregas cada vez mais rápidas, existe um protagonista silencioso que orquestra toda a movimentação de produtos: o CD. Por isso, entender como funciona um centro de distribuição auxilia em todo o processo logístico de gestores.
Muitos consumidores experimentam a conveniência de receber suas compras em tempo recorde, mas poucos compreendem a complexa engenharia logística que torna isso possível. O CD é, de fato, o cérebro pulsante da cadeia de suprimentos moderna, essencial para que as mercadorias cheguem do ponto de fabricação ao consumidor final com agilidade e eficiência.
A sua relevância cresce exponencialmente à medida que a demanda por velocidade e precisão no abastecimento do mercado se intensifica.
O que é um Centro de Distribuição (CD)?
Antes de entender como funciona um centro de distribuição, é importante considerar que o CD é instalação logística altamente especializada, estrategicamente posicionada para otimizar o fluxo de produtos. Diferente de um mero depósito, seu propósito principal é receber, armazenar itens por períodos geralmente curtos e, de forma ágil, preparar e expedir pedidos para clientes ou pontos de venda.
A escolha da localização de um CD não é aleatória; ela é um pilar fundamental que impacta diretamente a eficiência logística e a capacidade de resposta ao mercado. Uma localização bem planejada permite minimizar os tempos de trânsito, reduzir custos de transporte e possibilitar entregas mais rápidas a mercados-chave, o que é decisivo para a competitividade em um cenário de altas expectativas do consumidor.

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Centro de distribuição x Armazém
Embora os termos “Centro de Distribuição” e “armazém” sejam frequentemente usados de forma intercambiável, eles representam conceitos distintos na cadeia de suprimentos, e um armazém é diferente de como funciona um centro de distribuição. A principal diferença reside na dinâmica e no propósito de cada instalação.
Enquanto um armazém é primariamente voltado para o armazenamento de mercadorias por períodos mais longos, servindo à empresa e seu setor produtivo, um Centro de Distribuição foca na movimentação rápida de produtos, agindo como um elo direto entre fornecedores e clientes finais.
Essa distinção reflete uma evolução da logística, impulsionada pela demanda do mercado por maior agilidade e um foco mais acentuado no cliente, especialmente com o crescimento exponencial do comércio eletrônico. A necessidade de atender às expectativas de entrega rápida e eficiente levou à especialização das instalações logísticas.
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Como funciona um centro de distribuição?
Para compreender como funciona um centro de distribuição, pode-se pensar que ele é como um balé sincronizado de operações, onde cada etapa é crucial para a eficiência global da cadeia de suprimentos. Embora o fluxo possa variar ligeiramente dependendo da estrutura e dos produtos, um conjunto de fases interligadas define o funcionamento de um CD, garantindo que as demandas sejam atendidas de forma síncrona e eficaz.
Recebimento e inspeção de mercadorias
Toda a operação de um CD começa com o recebimento de produtos e mercadorias. Esta etapa é a base para a efetivação de todas as fases subsequentes. As remessas chegam dos fornecedores ou fabricantes e são descarregadas nas docas. Imediatamente, ocorre uma checagem rigorosa da quantidade e da condição física dos itens, comparando-os com os pedidos de compra.

Documentos como notas fiscais e faturas são verificados para garantir a conformidade. Qualquer discrepância ou dano é registrado e comunicado ao fornecedor para troca ou reposição. Simultaneamente, as informações dos produtos são lançadas e atualizadas no Warehouse Management System (WMS), o sistema de gerenciamento do armazém, garantindo a visibilidade do estoque desde o primeiro momento.
Armazenamento estratégico e gestão de estoque
Após o recebimento e a conferência, os produtos são encaminhados para o setor de armazenagem. O WMS desempenha um papel fundamental aqui, determinando o local ideal para cada item dentro do CD. O objetivo de entender como funciona um centro de distribuição é otimizar o espaço disponível e facilitar futuras operações de separação.
A verticalização, por exemplo, com o uso de estruturas porta-paletes, é uma prática comum para maximizar a capacidade cúbica do ambiente. A gestão de inventário é contínua, com o CD monitorando constantemente os níveis de estoque.
Isso inclui atividades como reabastecimento, reorganização para otimizar o espaço e a realização de inventários periódicos (cíclicos ou gerais) para manter a acuracidade das informações, controlando lotes e datas de validade.
Picking
A separação de pedidos, ou picking, é frequentemente considerada a atividade mais crítica e de maior custo em um CD, impactando diretamente o tempo de processamento do pedido. Quando um pedido de venda é recebido, os produtos necessários são selecionados dos locais de armazenamento com base nas informações do pedido. Este processo pode ser realizado manualmente por operadores ou com o auxílio de tecnologias como sistemas de voz, leitores de código de barras ou até mesmo robôs.
Existem diversas metodologias de picking para otimizar essa fase: o picking discreto, onde um operador separa um pedido completo por vez; o picking por lote (batch picking), que agrupa múltiplos pedidos para que o operador colete todos os itens necessários em uma única passagem; e o picking por zona, onde o CD é dividido e cada operador é responsável apenas pela sua área, com o WMS consolidando os itens de cada zona para formar o pedido completo.
Embalagem e consolidação
Após a separação, os itens de um pedido são levados para uma área de consolidação, onde passam por uma nova conferência para garantir que todos os produtos corretos estejam presentes. Em seguida, os itens seguem para as estações de embalagem, onde são acondicionados de forma segura e adequada para o transporte, utilizando materiais de proteção como caixas, sacolas ou plásticos bolha.

Nesta fase, também podem ser realizados serviços de valor agregado (VAS), como a montagem de kits promocionais, personalização de produtos ou a inserção de manuais e etiquetas especiais. Essa agregação de valor no CD permite adiar a customização do produto para o último momento possível, aumentando a flexibilidade da cadeia.
Expedição e transporte
Com os pacotes prontos, eles são pesados, etiquetados com as informações de destino e direcionados para a doca de expedição correta. Nesta área, as encomendas são consolidadas com outras remessas que seguem para o mesmo destino ou rota, otimizando o carregamento dos veículos de transporte.
O objetivo primordial é garantir a pontualidade da entrega. Uma prática que visa reduzir estoques e custos de armazenagem é o cross-docking, onde os produtos recebidos são imediatamente preparados para expedição, seguindo direto para o cliente sem um armazenamento prolongado.
A sequência de etapas em um CD não é meramente linear, mas um sistema interdependente onde a eficiência de cada fase impacta diretamente a agilidade e o custo total da operação. A coordenação precisa e o uso de tecnologia, como o WMS, são essenciais para evitar gargalos e garantir que o fluxo de mercadorias seja contínuo e otimizado.
Uma falha no recebimento, por exemplo, pode atrasar todo o processo subsequente, afetando o tempo de trânsito e o prazo final de entrega. Por isso, entender como funciona um centro de distribuição por completo pode ser crucial.
Qual a importância de um centro de distribuição?
Um Centro de Distribuição moderno transcende a função de um simples local de armazenamento; ele se estabelece como um ativo estratégico fundamental que impulsiona a eficiência operacional, a competitividade no mercado e, crucialmente, a satisfação do cliente.
A importância de entender como funciona um centro de distribuição é inquestionável, atuando como o coração pulsante da logística moderna e um elo vital que conecta a produção à entrega final dos produtos em todo o mundo.
| Pilar | Descrição |
|---|---|
| Redução do Lead Time | Um CD bem localizado e com processos otimizados reduz significativamente o tempo total do pedido, garantindo entregas mais rápidas e aumentando a satisfação do cliente. |
| Otimizador do Capital de Giro | Gestão de inventário eficiente, centralizada e apoiada por WMS, permite níveis mais baixos e precisos de estoque, liberando recursos para investimentos estratégicos. |
| Elemento de Resiliência e Flexibilidade | O estoque de segurança centralizado absorve choques de demanda e atrasos no fornecimento, possibilitando reprocessamento e redirecionamento rápido de produtos. |
| Consolidação de Estoques e Redução de Custos | Centralizar o inventário diminui estoques de segurança em múltiplos pontos, reduzindo custos de manutenção e simplificando a gestão. |
| Otimização de Transportes em Escala | Recebimento de cargas completas reduz custos inbound; consolidação de pedidos otimiza rotas e diminui custos outbound, especialmente na última milha. |
| Agregação de Valor ao Produto | Execução de serviços de valor agregado, como personalização e montagem de kits, aumenta flexibilidade e reduz complexidade do inventário. |
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Quais são os tipos de centros de distribuição?
A diversidade de modelos de negócio, características de produtos e expectativas de mercado impulsionou a especialização dos Centros de Distribuição. Não existe uma solução única para todas as empresas; em vez disso, diferentes tipos de CDs surgiram, cada um com características e objetivos específicos para otimizar a cadeia de suprimentos de acordo com suas necessidades.
Com base nas funções e no fluxo de produtos, podemos identificar os seguintes tipos principais de CDs:
- CD Tradicional: Este tipo de centro foca no armazenamento convencional de mercadorias por períodos mais longos. É ideal para produtos com menor giro ou que necessitam de um estoque de segurança robusto para atender a demandas futuras menos previsíveis.
- CD Regional: Localizado estrategicamente em uma região específica, este CD tem como objetivo otimizar a distribuição local. Sua proximidade com os mercados consumidores daquela área permite reduzir significativamente o tempo de trânsito e os custos de transporte para entregas regionais.
- CD Especializado: Projetado para atender a segmentos específicos da indústria ou a operações de grande porte, este CD lida com produtos que exigem infraestrutura e manuseio particulares. Exemplos incluem CDs para produtos químicos, farmacêuticos, perecíveis ou itens de alto valor, que demandam condições de armazenamento e segurança diferenciadas.
- CD Cross-Docking: Este modelo minimiza ou até elimina a necessidade de armazenamento prolongado. Os produtos são recebidos e imediatamente preparados para expedição, com pouca ou nenhuma estocagem. É ideal para itens de alto giro, produtos perecíveis ou mercadorias que precisam ser despachadas rapidamente, resultando em uma redução significativa dos custos de armazenagem.
Além dos tipos baseados na função, os CDs também podem ser classificados pelos canais de distribuição que atendem:
- Canal de Distribuição Direta: Neste modelo, o produto segue diretamente do CD para o consumidor final. É um canal comum e crescente no comércio eletrônico, onde a agilidade na entrega é um diferencial competitivo.
- Canal de Distribuição Indireta: Aqui, o CD distribui as mercadorias para intermediários, como varejistas, atacadistas ou outras filiais da empresa, que, por sua vez, vendem ao consumidor final. Este canal é tradicional em muitos setores e exige uma coordenação eficiente com os parceiros de distribuição.
- Canal de Distribuição Múltiplo ou Híbrido: Este modelo combina os dois anteriores, permitindo que o CD atenda tanto o cliente final diretamente quanto intermediários. Essa flexibilidade é cada vez mais comum em empresas que operam em diferentes frentes de mercado, como varejo físico e e-commerce.
A existência de múltiplos tipos de CDs e canais de distribuição demonstra a crescente complexidade e especialização da cadeia de suprimentos. As empresas adaptam suas infraestruturas logísticas para otimizar o fluxo de produtos específicos e atender a diferentes modelos de negócios, resultando em maior eficiência e menor custo para cada cenário.
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Prós e contras de um centro de distribuição
A decisão de implementar um Centro de Distribuição é estratégica e de grande impacto, envolvendo a ponderação cuidadosa de benefícios significativos versus desafios e custos consideráveis. Um CD pode ser um diferencial competitivo poderoso, mas seu sucesso depende de um planejamento meticuloso. Por isso, entender não apenas como funciona um centro de distribuição, bem como os benefícios que ele pode trazer, é fundamental.
A tabela a seguir resume os prós e contras de um Centro de Distribuição:
| Aspecto | Vantagens | Desvantagens |
|---|---|---|
| Estoque | Centralização, gestão de sazonalidade, otimização de capital de giro | Desafio de superestocagem ou falta de produtos sem gestão eficiente |
| Custos | Redução de frete e combustível, economias de escala, otimização de recursos | Alto investimento inicial (instalações, equipamentos, TI), custos operacionais contínuos (aluguel/propriedade, energia, mão de obra, manutenção, impostos) |
| Operação | Maior controle sobre processos, melhoria do atendimento ao cliente, flexibilidade e escalabilidade, agregação de valor | Alta complexidade de gerenciamento, riscos de falhas operacionais, resistência à mudança e adoção de tecnologia |
| Alcance | Potencialização do alcance logístico, maior capilaridade de distribuição | Potencial de custos mais altos se a localização for inadequada |
| Tempo | Redução do lead time total do pedido, agilidade na entrega | Pode adicionar tempo ao ciclo de transporte (processamento interno) se não for otimizado |
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Melhores práticas para um centro de distribuição eficiente
A eficiência de um Centro de Distribuição não é um acaso; ela é o resultado direto da implementação de melhores práticas que otimizam cada processo e garantem o máximo desempenho.
Para que um CD opere com alta performance, é fundamental integrar estratégias que abrangem desde o planejamento físico até a gestão de pessoas e o uso de tecnologia.
- Layout Estratégico: Um layout bem planejado é crucial para otimizar o fluxo de produtos, minimizando movimentações desnecessárias e evitando congestionamentos. A configuração ideal geralmente favorece uma linha reta, onde a carga é recebida em uma ponta, armazenada no centro e expedida no lado oposto. Além disso, produtos de maior giro devem ser posicionados mais próximos da área de separação para otimizar a produtividade e o aproveitamento do espaço.
- Inventários Cíclicos: A realização de contagens de estoque periódicas, em vez de uma única contagem anual, garante a acuracidade do inventário. Esta prática ajuda a identificar falhas rapidamente, melhora a gestão de compras e permite uma visão mais precisa dos níveis de estoque, o que é vital para o planejamento.
- Gestão de Entregas (Roteirização): A otimização das rotas de entrega é vital para a eficiência, produtividade e redução de custos no transporte. Um planejamento de roteirização eficaz evita erros de trajeto, minimiza o consumo de combustível e garante a pontualidade das entregas, impactando diretamente a satisfação do cliente.
- Segurança: Implementar procedimentos de segurança rigorosos e capacitar a equipe são essenciais para prevenir acidentes, proteger as mercadorias e garantir um ambiente de trabalho seguro. Isso inclui desde o manuseio correto dos equipamentos até a conformidade com normas de segurança e o treinamento contínuo dos colaboradores.
- Tecnologia Aliada aos Processos: A adoção de sistemas e automação é fundamental para aumentar a produtividade, reduzir erros e otimizar a visibilidade do estoque. Sistemas de Gerenciamento de Armazém (WMS) e de Transporte (TMS), além da robótica e da Internet das Coisas (IoT), permitem que os CDs lidem com volumes maiores de produtos e pedidos sem comprometer a eficiência, rastreando cada movimento e proporcionando melhor visibilidade.
- Dashboard e KPIs: Utilizar Indicadores Chave de Desempenho (KPIs) e dashboards é fundamental para monitorar a performance do CD em tempo real. Isso permite identificar gargalos, avaliar a eficácia dos processos e tomar decisões baseadas em dados para otimizar a operação e alinhar estratégias com os objetivos de negócio.
- Treinamento de Equipe: Capacitar os colaboradores em boas práticas logísticas, no uso de sistemas e no atendimento ao cliente é crucial para manter os processos alinhados e incentivar a melhoria contínua. Uma equipe bem treinada é mais produtiva, comete menos erros e contribui ativamente para a eficiência da entrega.
- Considerar Características das Mercadorias: O planejamento do espaço e o manuseio devem ser adaptados às características específicas dos produtos. Mercadorias que requerem condições especiais (como produtos químicos, de alto valor ou perecíveis) exigem medidas de proteção, alocação específica e manuseio seguro para preservar sua conservação e evitar acidentes.
A eficiência de um CD é um ecossistema complexo onde a tecnologia atua como um facilitador, mas o sucesso final depende da integração com processos bem definidos, um layout otimizado e, crucialmente, a capacitação e o engajamento do capital humano.
Uma tecnologia avançada sem um layout adequado ou uma equipe treinada será subutilizada, e uma equipe excelente sem as ferramentas certas terá sua produtividade limitada. A interdependência desses fatores é a chave para a alta performance.

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Como fazer a logística de um centro de distribuição?
A gestão logística de um CD é um processo contínuo de planejamento, controle e execução. Seu objetivo é garantir que não apenas que todos entendam como funciona o centro de distribuição, bem como que os produtos se movam de forma eficiente e econômica desde o recebimento até a expedição, assegurando a satisfação do cliente e o sucesso do negócio.
Planejamento de distribuição
Um planejamento de distribuição logística eficiente é fundamental para o transporte de cargas com o máximo de eficiência e custo-benefício. Os CDs são peças-chave nesse planejamento, pois centralizam o estoque e permitem a coordenação estratégica da movimentação de mercadorias.
Isso envolve a análise e definição das rotas de transporte mais adequadas, o gerenciamento preciso dos estoques, a seleção dos canais de distribuição (direto, indireto ou híbrido) e uma coordenação impecável entre fornecedores, transportadoras e os próprios Centros de Distribuição.
O objetivo é garantir que os produtos cheguem ao destino correto, no prazo estabelecido e com os menores custos possíveis, otimizando recursos e atendendo às demandas do mercado.
Uso de sistemas (WMS, TMS, ERP)
A tecnologia é a espinha dorsal da gestão de um CD moderno, proporcionando visibilidade, automação e integração de processos.
- WMS (Warehouse Management System): Este software é essencial para o gerenciamento interno do armazém. Ele é crucial para a localização precisa de produtos, o controle de estoque em tempo real, a otimização das operações de picking e o gerenciamento de lotes e datas de validade. Com o WMS, o CD pode centralizar o estoque, garantindo mais rapidez nas operações de distribuição e atendimento ao cliente.
- TMS (Transportation Management System): Focado na gestão e controle do transporte de mercadorias, o TMS auxilia na otimização de rotas, cálculo de frete, gestão de despacho, rastreamento de cargas e auditoria de faturas. Ele é fundamental para garantir a melhor qualidade e produtividade na distribuição externa.
- ERP (Enterprise Resource Planning): Um sistema ERP centraliza as informações de diversos setores da empresa em um único sistema, integrando a logística com finanças, vendas, produção e outras áreas. Isso proporciona uma visão holística dos processos internos, gerando melhorias e otimizando a troca de dados.
- IoT (Internet das Coisas): Dispositivos conectados geram dados em tempo real sobre o status das mercadorias, equipamentos e veículos. Essa tecnologia melhora a visibilidade e o monitoramento, permitindo decisões mais rápidas e precisas.
Gestão de pessoas
Apesar do avanço da automação e da tecnologia, o capital humano permanece indispensável para o sucesso de um CD. São as pessoas que operam as tecnologias, gerenciam incidentes, interpretam dados complexos e garantem a adaptabilidade das operações frente a imprevistos.
A qualificação e retenção de talentos são desafios crescentes no setor. Profissionais capacitados são necessários não apenas para monitorar e operar os sistemas, mas também para otimizar processos e adaptar-se às constantes mudanças do mercado. A ausência de qualificação profissional e a alta rotação de perfis especializados podem atrasar o desenvolvimento e a competitividade de um CD.
A gestão logística de um CD moderno é um casamento intrínseco entre tecnologia avançada e capital humano qualificado. A tecnologia fornece a capacidade de processamento e dados em tempo real, mas é a inteligência, a sensibilidade e a adaptabilidade humana que garantem a otimização estratégica e a resiliência frente a cenários complexos.
A tecnologia sem capital humano qualificado é subutilizada, e o capital humano sem tecnologia é ineficiente.
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Qual é o futuro dos centros de distribuição?
O futuro dos Centros de Distribuição é moldado por tendências disruptivas que prometem revolucionar a eficiência, a agilidade e a responsabilidade ambiental. A evolução contínua da tecnologia e a crescente conscientização sobre o impacto ambiental estão redefinindo o papel e a operação dessas instalações logísticas.
Automação e inteligência artificial nos centros de distribuição
A Inteligência Artificial (IA) e a automação estão transformando a forma como funciona um centro de distribuição, tornando-os verdadeiros “Smart Warehouses” (armazéns inteligentes), otimizando cada etapa da operação, desde o gerenciamento de estoque até a previsão de demanda e a otimização de rotas.
| Tecnologia | Descrição |
|---|---|
| IA e Machine Learning | Essas tecnologias estão revolucionando a forma como os estoques são monitorados, as rotas são otimizadas e os riscos são gerenciados. Algoritmos avançados permitem prever demandas com maior precisão, otimizar rotas de entrega e gerenciar a cadeia de suprimentos de maneira mais eficiente. A IA realiza análises de dados e cenários, projeta tendências e toma decisões em tempo real sobre o posicionamento de estoques e ajustes operacionais dinâmicos. |
| Robótica | Robôs e veículos autônomos em armazéns são elementos cruciais dessa transformação. Robôs equipados com IA realizam tarefas repetitivas e exaustivas com precisão e velocidade superiores às humanas, liberando os funcionários para atividades de maior valor agregado. A automação permite que os CDs lidem com volumes maiores de produtos e pedidos sem comprometer a eficiência, operando em alta velocidade e grandes quantidades. |
| Análise de Dados | A inteligência nos CDs se pauta em dados para concretizar análises, tornando as operações mais ágeis e eficientes. Essa análise proporciona melhor visibilidade da cadeia de abastecimento global, ajudando empresas de logística a identificar oportunidades e otimizar a eficiência. Isso permite entender gargalos e falhas, reverter cenários negativos e tomar decisões inteligentes para um crescimento contínuo. |
| Resultados Tangíveis | Smart Warehouses têm maior probabilidade de alcançar alta precisão no inventário (99% ou 100%) e de despachar pedidos no mesmo dia, acelerando as vendas e aumentando a satisfação do cliente. |
Entenda: Maximizar a eficiência e efetividade na logística Integrada
O CD como pilar estratégico para o sucesso logístico
Ao longo desta exploração, ficou claro que o Centro de Distribuição é muito mais do que um simples ponto de passagem para mercadorias. Ele é o coração pulsante da logística moderna, um elemento dinâmico e estratégico que orquestra a complexa movimentação de produtos, desde o fornecedor até o consumidor final.
Um CD bem planejado e gerido é um diferencial competitivo crucial, capaz de otimizar custos, agilizar entregas e elevar significativamente a satisfação do cliente em um mercado cada vez mais exigente.
A jornada de um produto através de um CD um balé sincronizado de operações, onde cada etapa é fundamental para a eficiência global. A distinção entre um CD e um armazém tradicional ressalta a evolução da logística para um modelo mais dinâmico e focado no cliente, impulsionado pelas demandas do comércio eletrônico e pela busca incessante por agilidade.
Embora a implementação e gestão de um CD envolvam investimentos significativos e desafios complexos, os benefícios em termos de redução de lead time, otimização do capital de giro, resiliência da cadeia de suprimentos e agregação de valor são inegáveis.
As melhores práticas, que incluem um layout estratégico, inventários cíclicos, gestão de entregas eficiente, segurança rigorosa, e o uso intensivo de tecnologia (WMS, TMS, ERP, IoT), são essenciais para transformar um CD em uma operação de alta performance.

Olhando para o futuro, a forma como funciona um centro de distribuição continuará a evoluir em ritmo acelerado. A automação e a Inteligência Artificial prometem revolucionar ainda mais a eficiência e a precisão das operações, transformando-os em “Smart Warehouses” capazes de tomar decisões em tempo real e otimizar cada processo.
Paralelamente, a logística verde se consolidará como um compromisso essencial, impulsionando a adoção de práticas sustentáveis e a redução do impacto ambiental.
Nesse cenário de inovação constante, o capital humano permanece indispensável. A “inteligência aumentada”, que combina a capacidade analítica da IA com a experiência e o julgamento humano, será a chave para operar, otimizar e adaptar essas tecnologias.
O futuro dos CDs é, portanto, uma simbiose poderosa entre tecnologia de ponta e profissionais altamente qualificados, trabalhando em conjunto para garantir que o coração da logística continue batendo forte, de forma eficiente, sustentável e cada vez mais inteligente.
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